terça-feira, 4 de março de 2014

Reflexão perdida.

Navegue no  rio de suas lamurias, mergulhe no que sempre pensou ser  teu, as ilusões não são mais que as únicas verdades, pois, o que é a verdade quando tuas palavras são reprimidas?

Quando teu espirito se esconde da luz, quando tu se recusas a falar a um peito aberto, a cara lavada que só clama a sinceridade de uma palavra de compreensão ao sentimento.

Entenda...

O que nos faz vivos é o que sentimos, se nos tocamos, não é porque haja amor e se nos afastamos o ódio não deve ser a regra que impera, envenena e desagrega. Os laços não devem ser rompidos por desejos movidos a éter, pois a paixão não é um fim em si mesma.

Para onde vamos com todos os nossos segredos, conceitos, preconceitos e intolerâncias?
Para onde vamos com a nossa ganância?

Para onde vamos com todas as nossas inseguranças que se exteriorizam em uma figura de aço, que, no entanto não negam a um só passo a sua essência na primeira gota do orvalho das nossas dificuldades e sucumbem... Sem resistência. A dor nos mostra com clareza, que a coragem é a melhor arma a ser escolhida na batalha travada contra as nossas dificuldades.

 Não se esconda.

Jadson Bispo da Silva

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Carta de despedida

Despeço-me dessa vida como um artista que  se despede da plateia após um show.
Sei que não fui perfeito, desatei- me do meu destino, falhei na simples missão de fazer sorrir, entreter e falar asneiras.
Meu tempo a muito se passou, me agarrei, me prendi, não soltei.
A vida é um singelo sopro do que nos espera, mas não tenha pressa, tudo tem seu tempo. Há tempo de viver, há tempo de morrer, há tempo de descobrir o que há na verdade, que na verdade o tempo não há...
Despeço-me de vós e peço compaixão para com o riso, a ternura, a alegria e a esperança. Que vossos olhos jamais procurem os cantos mais escuros para se assentar, que vossos rostos ganhem as marcas dos sorrisos demorados de felicidade. Que a vida para vós faça algum sentido, pois para mim fez, faz e continuará fazendo, em outro plano, com outra luz, mas carregando o mesmo proposito...


Ser feliz.

Adeus!

Jadson Bispo da Silva

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Resolvi falar...


Depois de tanto tempo, depois de tantas canções perdidas. A correria do dia a dia me fez mudar, me fez deixar de ser eu, me fez a antinomia de outrora. Meu clamor, meu amor e meus sentimentos se tornaram parte de um passado do qual pouco me lembro, não posso dizer que sinto saudade, não posso dizer que não sinto saudade, pois, na verdade o sentir já não faz parte de mim.

domingo, 18 de setembro de 2011

------------------Repetição

Os dedos que aqui escrevem repetem sentimentos a muito expressados...
Mas o que fazer? Se a mente insiste em pairar em círculos, trazendo a tona tortuosos pensamentos nos quais me fazem morrer em vida, pois o passado que foi velado e sepultado, levanta e anda em um milagre maldito que daria vida para não ter visto.

A sua influência ainda atenta as raízes da alma, jogadas no lixo pelo seu escárnio imperial. Vejo a lua minguante a trezentos e vinte cinco noites que fiquei a ti esperar e mesmo assim a vala do esquecimento é que me restou, porque não é mais a mim que procura.

Alicerce do espírito sombrio, um sobro no meio da noite, a espinha gelada pelo arrepio, a familiar sensação de perda, o imenso vazio, já não são novos amigos e sim os mais fieis e cruéis companheiros neste deserto onde conto grãos de areia a serviço de algum fim, do qual, não sei bem sua real razão de existir.

Jadson Bispo da Silva

domingo, 5 de junho de 2011

Sentido dos versos

Nos momentos de tristeza os meus versos nascem e deslizam singelos como lagrimas em um rosto triste.

A agulha que os fez brotar me abandona, mas sem avisar volta à tona no balanço de meus desejos tão errantes como intrigantes, talvez sejam decepções até então reprimidas, expectativas estéreis ou simplesmente o morrer da esperança que um dia morou em meu peito.

Mas não importa o seu motivo, conflito ou razão de ser, pois o gosto amargo da tristeza é o que alimenta esses singelos, pobres e tristes versos, que não buscam soluções, ações, nem conflitos, apenas a admissão.


Jadson Bispo da Silva

domingo, 1 de maio de 2011

Perdão

Se hoje as lembranças me retelham é porque de tanto errar acabei por me fazer um torturador voraz de mim mesmo e em cada chaga que me dói, me lembro que não tenho você para me afagar, por culpa da fúria doentia de minha paixão.

Um pedido de perdão, a sorte lançada, que não seja em vão, como todo rancor existente no mundo, como poder concentrado em uma só mão, como todos os demônios que não queriam mais um escrito, como uma vida perdida por falta de afeto, como a dor do meu coração, perdão.

Jadson Bispo da Silva.

O fim

Puro como a nascente de um rio, forte como as ondas do mar, intenso como a luz do sol e efêmero só como nosso amor...


Depois de tudo, o fim deixou marcas em mim, um sofrer...
Ainda me lembro do que ficou para trás e espero a sua volta que sei que jamais se concretizara, pois chegou o fim, não há como voltar, ti ter de novo, tão pouco o alento da sua voz que agora já não posso mais ouvir.


A saudade me mata aos poucos, sem deixar que o resto desta vida tire de mim as lembranças do mais sincero e rápido sentimento que ainda transborda.

Jadson Bispo da Silva.